terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O que se faz por aqui?

Por aqui faz-se o que este calor deixa... quer dizer, faz-se pouco. E principalmente trabalhos morosos.
O tempo livre tem sido dedicado ao trabalho da lã: lavar, abrir, cardar e fiar. Estas voltas levam muito tempo... tempo necessário para se conseguir um bom trabalho.
Há muito, muito tempo vi numa feira de velharias uma máquina para trabalhar a lã a que chamaram cardadeira. Nunca tinha visto ou ouvido falar (nos meus escassos conhecimentos) da aplicação deste aparelho no tratamento da lã em Portugal. Pesquisei e a Mana descobriu que se chama picker na América. Pesquisamos bastante e a mana ainda fez algumas tentativas para o construir. Conseguiu encontrar um livro em que aparece o esquema da autoria da Paula Simmons. Mandei construir a cardadeira a um marceneiro e cá está o resultado.
Agora vou aprender a tirar o melhor partido da cardadeira.
Para completar o tema, uma vez numa reportagem da RTP no Museu de Lanifícios da Covilhã vi um aparelho que me pareceu semelhante. Está planeado um passeio à Covilhã para tirar as teimas.



Cá está uma meadita a esticar no sarilho. Faltam-me fazer mais algumas que o próximo projecto vai ser grande...
 
No resultado da actividade dos últimos tempos temos também uma mala que segue um modelo de construção engraçado. Como quem conta um conto acrescenta um ponto aqui também temos algumas alterações ao modelo original. Ficou engraçada.
 
Temos também um Sagrado Coração de Jesus que cresceu durante o mês de Junho e está a aguardar para ser emoldurado. Estava a pensar usar um bastidor para o esticar, vou ver se encontro um suficientemente grande.
 
E mais? doce de figo para aproveitar os primeiros morangos da época que ainda não são muito bons.
Já agora, encontrei uma receita de doce de framboesa e chocolate que é muito parecida com a que utilizei para os morangos. Ainda a vou experimentar.


Agora vou fazer planos para as férias. Agora ou mais tarde esta exposição tem que ser incluída. Queres vir Mana?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Morangos

Este ano a nossa horta tem produzido morangos em quantidade e qualidade muito aceitável.
Já estamos a comer morangos quase há dois meses, por isso tenho procurado algumas formas de os conservar e adiar um pouco o seu consumo.
Com este sol abrasador a primeira ideia foi secá-los. Ficam bem durinhos e saborosos. Vamos ver quanto tempo se aguentam.
 
 
 
 
Outra ideia foi fazer compota de morango. Nas voltas que dei às milhentas receitas que vou guardando ao longo dos anos encontrei uma de frutos vermelhos com chocolate. Experimentei com morangos e fiquei conquistada. É uma delícia. Estou a pensar fazer mais alguns frasquinhos para oferecer pelo natal (se conseguir guardá-los até lá).
 
O xaile que está na foto enquadra-se bem no tema morangos. Seguindo sugestão da La Maison Bisoux, estou a começar o CAL La Maison Bisoux – Verano 2013 com o Eva’s shawl. Prefiro o tricot ao crochet mas estou a gostar muito deste modelo.
Acabei de reparar que me enganei ao seguir o esquema... fico com o engano ou altero? devo ficar com o engano... :).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Capela de S. João

Aqui neste meu alentejo era costume fazer as Capelas de S. João.
Como não sou natural de cá as informações que recolhi foram juntas ao longo do tempo e do que me recoro de ter ouvido contar. Pode haver alguém que diga que não era assim... é provavel.
 
As capelas de S. João eram feitas na tarde do dia de S. João. São coroas de flores. Usava-se a erva cidreira para fazer o arco que depois era alegrado com cravos, alfazema e umas florinhas brancas muito pequeninas de que não me lembra o nome.
 
Nunca vi fazer nenhuma, mas há muitos anos vi uma feita. Por isso improvisei com o que tinha - lucia-lima, poucos cravos e uma alfazema muito raquítica.

 
A Capela de S. João é colocada sobre a cabeça para que não se tenha dores de cabeça e depois pendurada à cabeceira da cama durante todo o ano.
 
 
Entretanto a nossa família cresceu. A mãe gata começou por vir cá jantar e como se sentia bem acabou por ficar. A barriga crescia e a princípio pensávamos que era de andar bem alimentada. Passado algum tempo começámos a desconfiar... e lá apareceram os filhotes. São 4 e ainda não saiem de perto da mãe. E que vamos nós fazer com tanto gato?

 
Já fazem parte da família.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Renda de Gancho

Depois de ter tido de oferta um gancho para fazer renda decidi fazer umas amostras.





talvez cresçam e se transformem em algo maior...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Por onde andas tu?

 
Por onde ando eu é uma pergunta que me tenho colocado a mim própria. Há dias em que não me encontro, esta moleza, esta inércia, esta sensação de inutilidade... Este é o motivo para andar desaparecida, não me apetece ser lamechas.
Resta sempre a esperança que melhores dias virão. Entretanto sobra tempo para me dedicar aos meus passatempos e por mãos à obra em projectos há muito sonhados.
 
 
 
 
O primeiro projecto é um casaco que vi pela primeira vez há bastantes anos. O modelo é publicado gratuitamente num e-book, do blog Knitting Daily, da Interweave. A lã é "Tradição" da Rosários4.
Gostei bastante do modelo apesar de ter feito algumas alterações, seguindo ensinamentos da Elizabeth Zimmermanm. O corpo é tricotado numa só peça, para evitar as costuras laterais. Só não gostei da terminação da gola.
Gostei de trabalhar com esta lã, dá bastante consistência ao trabalho, mas é importante não esquecer que estica um pouco depois de lavada.
Como é meu hábito não acertei o tamanho à primeira, por isso o casaco foi tricotado duas vezes para chegar a um resultado final satisfatório, embora que se a primeira versão fosse lavada talvez tivesse servido.
O segundo projecto é o xaile Laminaria, publicado pela Knitty em 2008. Integra um padrão de flores que adoro. Este modelo serviu de base a outros xailes também muito bonitos mas, na altura de decidir a escolha recaiu no original.
É um modelo muito fácil de seguir. Quando o estava quase a terminar pareceu-me que só poderia ser para uma pessoa: foi o primeiro xaile que ofereci à minha Mãe. Nunca tinha feito nada para ela que tanto tricotou, e tricota, para mim, para os meus irmãos e para os meus filhos.
Utilizei uma lã muito fininha da Kauni que faz um trabalho lindo. Já tinha utilizado outras variedades desta marca, com as suas lindas cores e faz sempre uns trabalhos espetaculares, com um preço suportável.
Que mais temos? umas brincadeiras com umas bolsinhas... umas estão melhores que outras... Só não sei ainda muito bem como se utilizam os fechos sem furinhos para coser a bolsa. Usei cola mas o resultado não foi perfeito.
A quarta imagem é a prova que quando crescemos mudamos e que os gostos se educam. Fartei-me de rir sozinha a lembrar-me das minhas birras quando a minha Mãe fazia papas de milho, nem as podia ver. Mas experimentei uma receita de polenta e gostei bastante. A polenta é diferente das papas de milho? Nem por isso. Esta tem uma nabicinhas para dar cor e queijo ralado.
 
Não há nada mais constante que a mudança. Venham elas, mas para melhor.
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Laylock Coze

 
Seguindo o desafio da autora do blog Laylock, já de outubro do ano passado, lancei-me com este modelo - "Coze".
É um modelo extremamente simples e por isso engenhoso. Um colete é feito a partir de um simples quadrado e de um rectângulo.
Para dificultar uma tarefa, que parecia simples, recorri ao livro "Knitting Counterpanes", da Mary Walker Phillips", e escolhi um quadrado que pode servir de base para uma colcha, ou não. Este quadrado chama-se "Theresas's pattern". Não cheguei a completar o quadrado como indicado porque me parecia que já tinha o tamanho certo e porque a lã estava a desaparecer rapidamente.
Gostei muito do resultado desta parte do trabalho. Fiquei a pensar em fazer mesmo uma colcha em lã grossa. Deve dar um efeito espetacular. Depois de lavado e esticado o efeito é ainda mais bonito.
 
 
 
 
Para "enfeitar" a orla do rectângulo que faz as frentes, tricotei uma renda de bico, do mesmo livro, "Florence Border". Os buracos da renda servem para apertar os botões, que são feitos a partir de um troco de árvore. Obrigada Mana.


 
A lã utilizada é de produção caseira. Cresceu cá no Monte e aqui foi lavada, limpa e fiada. Só foi a Lisboa para ser cardada e voltou logo.
Utilizei agulhas número 6. Para trabalhar com esta lã preciso de investir mais em agulhas mais grossas, a lã agradece.
O que faria diferente? tinha o feito um pouco maior, só um pouco, mas a lã já se tinha acabado...
O que é espetacular é o aconchego da lã, dá um conforto inigualável.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

À volta das meadas

Estas foram as minhas primeiras experiências na roda de fiar da minha mana. A lã encarnada e amarela foi comprada na brancal e a castanha na retRosaria. A lã branca foi fiada pela minha mana e é das ovelhas cá de casa.


Estão sempre relacionadas com a memória desse verão...

Pelas cores estas pequenas meaditas lembravam-me as mantas alentejanas. Gosto bastante da sua mistura de cores e de desenhos. Também tive a sorte de conhecer uma senhora que frequentou um curso de tecelagem e me emprestou os seus apontamentos, que me ajudaram a fazer o desenho desta gola.


A gola é bastante quentinha, embora não seja fofa, tem carácter, tem personalidade.

Estas bolas de lã feltrada são feitas com a lã de menor qualidade. Foi uma ideia que encontrei na net.



Dizem que ajudam a secar a roupa na máquina de secar. Das tentetivas que fiz parece-me que é verdade, a roupa seca mais depressa.

Acabei agora mesmo uns sapatinhos para usar quando estou a fiar, mas parece-me que vão ser bons também quando calçar as botas que estão um bocadinhos grandes.






sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

...

Gosto de formas diferentes, já o escrevi aqui. Por vezes andam ideias à solta, em papelinhos... esta andou por alguns antes de tomar forma.
Gosto de tricot circular, gosto de trabalhar com 5 agulhas, gosto de tricot rendado.
Também gosto de xailes e até os uso...
Assim surgiu ente xaile, juntando estes 3 gostos. Utilizei como ponto de partida  um modelo de naperon antigo, que encontrei num livro que a mana me ofereceu no Natal de Setembro do ano passado (sim, o Natal é quando uma mulher quer). Como passar de um circulo a um xaile? Dividi o circulo em terços e nos dois superiores tentei fazer um triângulo com a base em redondo utilizando voltas curtas.
O princípio desta ideia começou já há bastante tempo quando experimentei imitar um xaile feito a partir de um quadrado. Este blog é uma verdadeira inspiração.


 
O xaile foi feito com lã Austrália, da Brancal, minha preferida para muitos trabalhos, e agulhas 3,5. Não ficou muito grande, será talvez um xaile levezinho de verão, mas poderá ser um modelo a repetir com algumas alterações... talvez com um fio mais grosso se consiga um efeito bonito... talvez fazer os triângulos envolventes de outra forma...

 
 
 
Terminado e enviado à sua jovem dona foi também um xaile cor de rosa, cor preferida de quase todas a meninas. Foi começado nas férias e rapidamente foi concluído.
 

 
 
 
Mais actual foi a descoberta que fiz ontem. É curioso como encontramos alguns blogs de que ficamos logo fãs. Foi o que me aconteceu quando andei à procura de mistura de especiarias para bolos e encontrei este bolo feito com melaço. Não é muito doce mas muito saboroso. Não tirei foto porque não deu tempo, mas digo-vos que vale a pena a descoberta.
De resto o blog é por si só uma descoberta, pelo menos para mim... apesar da curiosidade, nunca experimentei cozinha vegetariana, parece-me que este blog me oferece uma boa oportunidade de tentar, pelo menos um dia por semana. Vamos ver no que dá.
 
 
 
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Letargia

Tem sido um bocado dificil vencer esta letargia. Depois das obrigações rotineiras, a preguiça vence-me. Mexo aqui e ali, passo algum tempo no computador e pouco faço. Espero que o período de hibernação passe depressa...
Apesar da lamúria alguma coisa tem sido feita... Mais um rapazinho que está para vir ganhou um fatinho completo. O modelo é da Drops. Claro que fiz algumas modificações. Achei que um macacão não era muito prático na hora de mudar um bebé pequenino e passei a duas peças. Tirando isso foi igual.
 

A lã usada foi da Brancal para bébé.
Gosto de trabalhar com as lãs da Brancal. Segundo a etiqueta são 100 % lã e são a um preço acessível (o que é sempre uma vantagem de peso). O único problema é  a sua aquisição já que onde moro não há nenhuma loja. Tenho sempre que pedir à mana que as vá comprar. Tenho pena que não se modernizem e não as vendam on-line.
Outra lã deles que gosto de usar é a Australia, que trabalha muito bem, quer com agulhas mais finas, quer com agulhas mais grossas e dois fios. Foi o que fiz com outro modelo da Drops que foi começado há muito tempo, na primavera... mas a lã acabou antes do casaco... tive que esperar que houvesse mais.
 
Foi o casaco que usei no primeiro dia do ano, tenho sempre que estrear alguma coisa nova. Este ano foi produção própria.
 
Foram também produção caseira os licores que oferecemos como lembrança
aos nossos familiares.
 
 
Estes são de limão, canela (receita daqui), lucia-lima e chocolate. Um copinho de licor sempre alegra o dia.