quinta-feira, 28 de abril de 2011

Flexibilidade

Hoje, um post (vários posts) deixou-me a pensar. Flexibilidade no trabalho, que bom que era…
Com frequência penso no que deixo de lado… Como trabalho, não acompanho e apoio o crescimento dos filhos como penso que necessitam. Se deixar de trabalhar que futuro lhes posso proporcionar?
E depois, conheço tantas mulheres que chegaram a uma certa idade, que não é preciso ser muita idade, e deixaram de ter oportunidade de trabalhar. Qualquer trabalho é uma bênção, a agarrar com ambas as mãos. Ainda para mais no interior.
Admiro as mães que conheço através de tantos blogs, que são mães a tempo inteiro. Às vezes pergunto-me se é opção ou falta dela? Não me revejo nesse papel a tempo inteiro. Recordo-me de um período em que estive desempregada. Recordo-me de me sentir inútil, parecia-me que não sabia fazer nada… Gosto de trabalhar, de desafios, do convívio com as pessoas.
Gostava sim de acompanhar mais os meus filhos, de estar mais presente. Ter tempo para os ir buscar à escola, fazer os trabalhos de casa com eles, ter tempo para brincar.
Estou um bocado cansada de ser a mãe que está em casa quando eles estão na escola, e que não está quando eles chegam a casa. Quando chego só dou ordens. Já fizeste os trabalhos de casa? Vai tomar banho! Vai por a mesa! Vá lá, come! Vai lavar os dentes! Vamos para a cama!
Só ordens e falta de paciência.
Já pensei várias vezes que gostava de trabalhar a meio tempo, ou com horário reduzido. Ganhar menos pode ser ganhar mais… menos dinheiro, mais qualidade de vida.
É um sonho que considero dificilmente concretizável.
Podia trabalhar por conta própria, mas que sei eu fazer? Não tenho um grande espírito empreendedor nem vivo numa região que facilite a sobrevivência de pequenos negócios.
Esperamos melhores dias… com o tempo tudo se resolverá, nem que seja quando os miúdos forem para a universidade. Fora de brincadeiras, acho que será antes disso. Para isso trabalhamos todos os dias, para procurar melhores soluções.

Paisagens

Descobertas em terrenos tão conhecidos… que bom passear por Lisboa.
Apesar de não ter feito grandes nem originais viagens, conheço Paris, conheço Madrid, Estugarda… Gostei muito de conhecer essas cidades, abriram o apetite para mais passeios, mas não tiraram o prazer de passear em Lisboa que apesar de muitos defeitos será sempre a mais bela capital.
Apanhar o eléctrico, ir à feira da ladra… que bom e que triste! Tantas pessoas com necessidades tão grandes, tantas casas velhas e sujas… tantos turista a passear em Lisboa e são tão mal tratados… não os devíamos acolher melhor?
De qualquer forma o balanço foi positivo… a repetir com frequência!
Depois passeios pelo bairro, ver montras… às vezes aparecem surpresas muito engraçadas.
Durante tantos anos (quase toda a vida) por aqui passei e nunca tinha visto o castelo! Será que desapareceu alguma coisa pelo caminho?



Durante o regresso a casa fomos ainda espreitados por um dragão voador



De volta a casa tentámos manter a tradição – na segunda-feira de Páscoa fomos para a ribeira comer os restos do borrego da Páscoa. São momentos bem passados.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Meada Fiada, Meada Dobada

Está a fazer um ano que eu e a mana frequentámos um workshop de fiação com a Tita Costa. Gostámos muito. Tanto que ainda não parámos. Embora o arranque seja lento esperamos que seja seguro.

Fiei a minha primeira meada, a duas cores, à mão. Gosto de fiar com fuso mas não se compara com a rapidez de fiar com uma roda. Nada nada… o resultado é muito mais imediato com uma roda.

A lã já vinha tingida e cardada. Para misturar as cores tentei cardar uma mecha de cada cor para misturar. Mas eu não gosto nada de cardar embora já tenha descoberto que é uma das fases mais importantes para quem fia. Voltando à minha meada, resolvi fiar troços alternados de cada cor. Tinha intenção de fazer um fio com dois cabos e tinha esperança que as cores se harmonizassem nessa altura. Não me parece que tenha corrido muito mal. Mas deve haver outras técnicas para fiar mais de uma cor… alguém me quer dar alguma sugestão? Como será que se fia aquelas lindas lãs que parecem um arco-íris?

O estímulo para terminar de fiar foi o Helix Scarf que encontrei na página do Spinnin Daily. Quando vi este cachecol achei-o muito bonito e ideal para experimentar o meu fio. Foi o incentivo para o acabar de fiar.

Depois foi a parte de juntar os dois cabos… mais aprendizagens. Rodar o fuso ao contrário é difícil, exige concentração redobrada.

Ainda tentei inventar uma Lazy Kate mas o resultado não foi o esperado. Foi mais fácil deixar as meaditas no chão, a correr livremente, utilizar as costas de uma cadeira para esticar o fio… lá consegui.


Cá está o começo do meu helix scarf. E cá está mais uma pista do meu KALendar, já terminada. Gosto deste desafio!