Frio...

O tempo não é muito. Ou é falta de organização ou falta de tempo mesmo. Ou ideias a mais para tão pouco tempo. Tenho muitos projectos em mente mas demoram a chegar às agulhas.

Alguns vão tomando forma. Por exemplo esta mantinha em entrelac. Estava com vontade de experimentar esta técnica já há muito tempo. Finalmente comecei e com uma lã mesmo boa para uma mantinha para o rigoroso frio que se faz sentir. Parece-me é que só estará pronta para a primavera.

Outro projecto que tive vontade de fazer é este Ulla's Scarf que encontrei na revista The Knitter.

Cada vez que encontro esta revista fico bastante satisfeita... só a apanho é de vez em quando. É pena porque tem trabalhos muito bonitos.

Neste novo ano vou tentar fazer pelo menos um trabalho dos que aparecem nos livros e revistas que vou comprando.

Para fazer este cachecol peguei numa meada de mé-mé 35 que já cá estava em casa há algum tempo. Penso que cada lã tem o seu destino. Se esperarmos e procurarmos, vamos encontrar o trabalho certo para cada meada.

Estou a gostar do resultado deste cachecol. Estou a trabalhar com fio duplo o que confere ao trabalho alguma consistência e valoriza o ponto. É um desafio porque exige bastante atenção, mas permite-me abstrair-me do outras questões menos interessantes. ;)

Bom fim-de-semana.

Trabalhos terminados

O casaco da princesa está pronto. Talvez não esteja perfeito mas está bonito. A gola podia ter ficado um pouco mais justa… talvez se possa coser uma fita por dentro para ficar mais aconchegado.

Vamos ver se a Menina o vai usar muito ou pouco.

Outro projecto terminado é este xailinho

Resolvi mudar a forma tradicional dos xailes e acrescentei outro triângulo aos 2 que constituem o xaile “normal”. Fica com uma forma diferente… Embora não seja cópia, não é totalmente original. Como diz a canção:
“Ai, eu já tentei,
Mandar pintar o céu em tons de azul,
Para ser original.
Mas só depois notei,
Azul já ele era, houve alguém,
Que teve ideia igual.”

O xaile foi desenhado à medida que foi crescendo nas agulhas.
A lã foi a mé-mé 22, comprada na Retrosaria, mas a meada que comprei para experimentar não chegou ao fim do xaile.
Para substituir usei uma meada de mé-mé 35, trabalhada com fio dobrado. Não notei grande diferença na espessura do fio dobrado, notei sim no tom… ligeiramente diferente. Podia ter-me lembrado de usar o conselho da Elizabeth Zimmermann, alternar carreiras dois tons… tarde de mais, talvez para a próxima me lembre a tempo.
Os bicos foram tirados do livro Knitting Counterpanes. Um livro muito inspirador.

Para reforçar os lados acrescentei um i-cord.
Outra aprendizagem que fiz durante a construção deste xaile foi a importância de usar boas agulhas, questão em que eu nem perdia um segundo a pensar… agulhas são agulhas e não havia mais conversa. Mas depois de experimentar as da KnitPro mudei de ideias, o trabalho é muito mais fácil. As agulhas têm um bico muito bem feito, entram com facilidade nas malhas, parece que deslizam. Fiquei fã.
Este xaile ficou um pouco “curtinho”, mas já me deu algumas ideias para um novo.

Blog a Seis Mãos

Tivemos uma bela herança...este nosso gosto por trabalhar com as lãs é uma herança bem valiosa. Pena não a termos aproveitado na sua plenitude. Desde a avó materna, que em tempos muito longínquos fiava linho, à bisavó paterna que fazia rendas com agulhas finissimas, e à avó paterna que fazia de tudo - renda, costura .....e tudo perfeito!

Perto de nós está uma grande Mestra, a nossa mãe que nos ensinou tudo quanto vamos fazendo.

Como todas as tricotadeiras, não gosta de coser as peças tricotadas no final - oportunidade ideal para um desafio - o Surprise Jacket da Elizabeth Zimmerman.

E o prazer de ensinar alguma coisa à Mãe também é grande.

Parece-me que superou as expectativas. A combinação de cores ficou muito boa. O entusiasmo foi grande
a Mãe ficou até às 5 da manhã para terminar os casacos para os netos da amiga e a gola Moebius para a troca de prendas. O que a safou foi a tradução para português das explicações feita pela filha mais velha, uns vídeos no Youtube e muita paciência...

Saldos

Este ano os saldos começaram mais cedo. Foi logo dia 23, antes do Natal. Passei pela Brancal e reparei que já havia promoções de fim de stock. Trouxe meia dúzia de meadas de algumas cores. Tive pena de não puder trazer mais, a dois dias do Natal não se pode abusar da carteira. Fiquei com fio suficiente para o primeiro mês do ano e ainda dá para dividir com a mana.

E como não consigo estar quieta, pûs-me logo a trabalhar.

Fomos a Castelo Branco passar o Natal com a família. Nos intervalos da cozinha e da mesa sentámos-nos à volta da lareira a dar à língua e aos dedos.

Trouxe esta mantinha quase terminada. Tive muito que desmanchar e voltar a fazer, porque pelo meio da conversa perdi-me muitas vezes. Cada malha ficou entrelaçada de conversa e risota.

A manta é pequena 61 por 57 cm, bom para trazer nos carrinhos ou para enrolar um bébé pequeno. O fio é grosso e com agulha 7 fica espessa e fofa.

Do Natal ao Ano Novo foi um saltinho. E cá por casa o Ano Novo também é uma festa de família, sempre foi e espero que assim continue. É assim desde o tempo da avó materna, que juntava os 5 filhos e os 13 netos na mesma casa, para entrarmos todos juntos no novo ano.

Agora somos menos mas encontrámos-nos em Lisboa e como não há lareira, aproveitamos as novidades cá da terra. Fomos dar uma voltinha ao Museu de Arte Popular, que reabriu com uma exposição temporária sobre os construtores do museu e o seu nascimento. Peças de artesanato ainda são poucas, mas encontramos esta fiandeira de roca e fuso a pastar os perús...ou será a caminho do mercado?

Resta-nos desejar uma BOM ANO a todos. Ainda temos 364 dias fresquinhos para fazer o que melhor nos aprover. Espero que sejam dias muito felizes e cheios de saúde.

Boas entradas e até breve!