quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Até ao Natal

Conseguimos fazer o presépio a tempo.


É sempre uma aventura e um marco, pelo que representa.

Envolve toda a família e deve continuar assim...


Entretanto fiz duas prendas para os anos das minhas cunhadas, gostei de as ter feito. Penso que gostaram de as receber.


O meu shalom já está terminado há algum tempo e já anda a passear comigo. Faltava a foto. Cá estamos nós. Parece-me que tenho que fazer uma dietinha para combinar melhor com o shalom.


Projectos para 2011 - aprender um pouco de fotografia para obter melhores resultados.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A caminho do Natal

Embora um pouco atrasados iniciámos a nossa caminhada até ao Natal.
Aproveitando o feriado fomos todos ao musgo para o presépio.



Desde o ano passado que o fazemos com musgo, com as figuras tradicionais (cada vez mais em cada ano), com todos os animais de brincar cá de casa e várias recordações dos nossos passeios...

Desejo com muita força que este caminho seja o caminho para o NATAL = Paz, Esperança, Harmonia... e mais tantos outros sentimentos positivos para todos NÓS.

Para a tarde fizemos estes belos quequinhos... mesmo bons. A receita é simples e só demora uma horita entre começar a fazer e acabar de os comer. É uma receita da Nigella, mas podemos fazer as variações que o momento nos inspirar... está na altura de experimentar uns com raspa de laranja e canela... ou chocolate? Será tema para o próximo fim de semana.



BOM NATAL

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Trabalhos a Crescer

Descobri por acaso uma edição grátis da revista knitter’s, a edição nº 100. Se fizermos o registo no Zinio. Podemos fazer o download da versão digital grátis.

Gostei do que vi.



Com este casaquinho fiquei encantada.
E está a crescer um para a minha filhota. Andávamos com problemas por falta de camisolas quentinhas para o inverno (andava eu porque ela acha que não tem frio). Deve ficar-lhe bem. As cores foram escolhidas por ela.
Não estou a seguir as instruções à risca. Em tempos, não muito recuados, fiz um Totem Jacket da Elizabeth Zimmermann. Resolvi seguir o mesmo método de construção e estou a tricotar as frentes e as costas juntas. À medida que vai crescendo vou adaptando as instruções originais ao totem. Deve resultar alguma coisa.



Outro trabalho rápido e eficaz são as golinhas. Simples, rápidas e aconchegantes. A da mana ficou torcida (uma moebius) mas a da filha ficou direita e fica-lhe bem. É colorida e aquece-lhe o pescocinho.



Os Cachecóis para as cunhadas vão crescendo… devem estar prontos a tempo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dobadoiras

Eu já tinha feito a minha, caseirinha, pequena e muito funcional. Nunca mais pensei no assunto até que me lançaram o desafio no mês passado.

Pois eu aceitei o desafio e foi isto que deu! A primeira série de dobadoiras da MeadaDobada.



Não estão muito perfeitas, mas rodam bem. Aprendi mais algumas coisas de carpintaria e a mão vai ganhando jeito. Têm uma característica que me agrada muito. São desmontáveis e por isso ocupam pouco espaço, são fáceis de arrumar e desarrumar.

Neste momento existem 3 exemplares disponíveis para venda, cada a 25€, para que quiser arriscar uma dobadoira caseira.




Já agora, aproveito para distinguir a dobado(u/i)ra do sarilho. A dobadoira tem como objectivo dobar meadas, transferir o fio da meada para novelos. O sarilho serve para construir as meadas. Transferir do fuso ou bobines para a forma de meada para ser lavada ou esticada.
A forma das duas não é muito diferente. Aliás, a grande diferença é a posição da meada, vertical no sarilho e horizontal na dobadoura........e porque não....bem fica para a próxima, pode ser que venham a existir mais modelos produzidos pela MeadaDobada.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mãe, estamos no céu!!!

Mãe, estamos nas nuvens!!!
Foi assim que comecei o meu dia… estava tanto nevoeiro, não se via quase nada. Foi do que o meu filho se lembrou. E depois a filha disse: estamos no céu! Que bom este optimismo, esta alegria… temos que nos deixar contagiar, é tão bom!

Trabalhos acabados, trabalhos começados:



Já estão as luvinhas.
Já terminei uma gola para a mana. É uma moebius, saiu muito torcida. É rápida de fazer. Não é muito fácil torcer a primeira volta… talvez com uma agulha circular mais pequena fosse mais fácil…
Estou a começar uma prenda de anos, bem bonita no modelo original – saroyan; vamos ver se consigo um bonito efeito com esta lã.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Emperrados

Os trabalhos mais recentes não têm fluído como gostaria…
Comecei este xailinho para oferecer no Natal, acabou-se a lã antes de se acabar o trabalho.
Foi feito com a lã mé-mé 22. Como já não havia mais e a mudança de cor não me parecia boa solução, para continuar encomendei a mé-mé 35. Talvez trabalhada dobrada não se note muito a transição… vamos esperar que chegue a encomenda.
Procurei um modelo diferente. Gosto muito de xailes mas queria uma forma diferente. Em vez dos 2 triângulos normais, montei 3. Fica logo com uma forma diferente. Vais crescer um bocadinho mais antes de ganhar uma borda rendada, esta já poderá ser de outra cor… vamos ver qual será o aspecto final.
A lã é mesmo lã, rústica, áspera… faz um efeito bonito, mas áspero.






Entretanto, com as sobras do shalom estão a crescer umas luvinhas sem dedos, bonitas. O modelo é da purl bee

Mas a falta de tempo para acompanhar os meus filhos na saída da escola tem custado um bocadinho mais… ainda precisam de acompanhamento para fazerem os trabalhos de casa… são pequenos… para a mãe, se calhar, nunca vão ser grandes…

sábado, 6 de novembro de 2010

Demorou, mas chegou!

Já o tinha encomendado no final de Setembro. Pensei que vindo Reino Unido evitava a alfândega e chegava numa semana. Pois esperei e desesperei! Depois de muitos mails de reclamação sempre com a mesma resposta automática...finalmente chegou! Chegou na semana passada quando já tinha desistido. Foi uma surpresa dobrada.
Desde aí tenho estado agarrada a ele, já li uma boa parte do livro. O conteúdo é enciclopédico, tem uma pouco de tudo: fibras, como fiar, como lavar, que utensílios existem e como os escolher, métodos de fiação, etc... Além disso começa mesmo no início, a pegar num pequeno pedaço de algodão e a fiar só com as mãos. Simplifica aquilo que nos parece complicado e avança um pouco mais.
Estou a gostar bastante, por um lado desfez algumas dúvidas, por outro lançou novas dúvidas. Alguns assuntos espero vir a debatê-los aqui, trocar a teoria pela prática e acrescentar com experiência de cada um.
Parece-me que veio na altura certa. Estava a precisar de um empurrãosinho para avançar mais um pouco na arte de fiar.


Com tanta troca e baldroca acabei por ficar com 2 exemplares. Estou a revender um ao preço de custo, se houver interessadas .

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Hibernar

Hibernar era o que me apetecia… deixar passar os maus ventos e retomar com ventos mais saudáveis. Melhores dias virão, tenho a certeza.
Entretanto o meu shalon chegou quase ao fim. Só faltam os botões e ser esticado, bamboleia um pouco. Não ficou perfeito mas serve-me.



Na semana passada retomei uma tradição familiar, todos os anos faço as broas dos Santos, já a minha avó as fazia e a minha mãe, agora eu. É engraçado que a receita é sempre a mesma mas as broas saiem sempre diferentes em cada casa.



Aqui no Alentejo, muita gente gosta de ir ao cemitério pôr flores e velas. Esta é a minha forma de lembrar quem já cá não está fisicamente.
Desta vez as broas foram acompanhadas de um licor de Lúcia-lima, receita da cunhada, muito bom. A saquita era da minha avó.

Estou a pensar nas prendas de Natal… andam aí umas ideias para oferecer… as lãs são as mé-mé, os modelos são o traveling woman e o SOFfice.
Vamos ver o que sai
Bom fim-de-Semana

terça-feira, 2 de novembro de 2010

1º Catálogo MeadaDobada

Numa época de crises, a criatividade não falta, ajuda-nos a ultrapassar alguns obstáculos que vão surgindo… e assim nasceu este catálogo, como uma vontade de mostrar o que fazemos e se interessa a alguém… porque produzir só para consumo próprio é limitativo.
Estamos abertas a a encomendas, sugestões, críticas e reclamações, não se esqueçam é de dar a vossa opinião.

Peço desculpa pelo erro! Espero que o link já esteja a funcionar correctamente.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

À terceira é de vez?

Está bonito, não está?
Pois é... não serve. Já foi desmanchado pela segunda vez.



Espero que as mangas sejam mais fáceis.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Trabalhos acabados

Estes dias têm sido aproveitados para acabar projectos, para ficar com tempo livre para o Shalom cardigan
Sou um bocado desorganizada: tenho um cesto com muitos trabalhos iniciados à espera de vontade para os concluir. Uns são bons para fazer no carro, outros para ver televisão e outros precisam de mais atenção…
Desta vez despachei o meu cachecol iniciado no verão.
cá está ele esticadinho



Está bonito… como diz o ditado presunção e água benta, cada um toma a que quer…



Só falta fazer o esquema para não me esquecer de como o fiz.
O 28's Cousin 53! já está concluído. Não demorou muito tempo. Não está espectacular mas eu gosto. Acabei-o num dia e usei-o no outro… já aconchega os ombros.



Agora temos que agarrar o Shalom. Está a ficar denso, fofinho, parece bom para o inverno… Vamos continuar para ver se acerto com o tamanho.


Está outra ideia a amadurecer. Tenho visto algumas bolsinhas (porta-moedas) feitas em tricot. Acho-as engraçadas. Já cá tenho o fecho, tenho que imaginar o resto…

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Crises

Estamos em época de crise…
Crise a vários níveis
é a crise do país, que nos deve preocupar e indignar a todos, e a instabilidade que isso traz
é a crise da falta de empenhamento naquilo que se faz, é o gostar de mostrar que se faz melhor que os outros sem se preocuparem realmente em fazer o que quer que seja…
E quando isso nos acontece a nível profissional o que fazemos? Encolhemos os ombros e fingimos que não vemos? Acho que não podemos deixar de nos importar com essas coisas. Vamos fazendo o melhor que sabemos e podemos.
Deixemo-nos de histórias tristes…
O casaquito da priminha já está despachado.



O modelo saiu da caixa onde já estava guardado há algum tempo… mas não é que a princesa ainda gosta de bonecos? Vai ficar cá em baixo para ela ir brincando.

Estou em preparação para iniciar o desafio da D. Maria - o Shalom cardigan , mas o meu vai ter mangas compridas… pelo menos vou tentar.
A cor já foi escolhida, foi um cinzento claro, não foi a primeira ideia mas era o que estava disponível na única lojinha cá da vila. Já trabalhei com este fio e gostei. Vamos ver o resultado.



Entretanto, com um novelo que comprei no supermercado iniciei o 28's Cousin 53!.Achei o projecto curioso e estava em lista de espera.
A lã é muito macia. A tendência para os tons azul e castanho repete-se. Vamos ver o resultado final…

domingo, 26 de setembro de 2010

Os anos da I&M

A I&M são filhas de uma amiga de longa data. São duas meninas pequenas nascidas no mesmo dia, apesar de não serem gémeas. Isso implica fazer duas prendas para o mesmo dia, o que com as restrições de horário ia ser complicado. Como as meninas partilham o mesmo quarto, decidi fazer um puff. Um modelo simples e rápido.
Para fazer exterior do puff escolhi um plástico-tecido, tem o aspecto de um tecido, mas é inteiramente plástico, muito fácil de limpar, o ideal para esta aplicação.
O senão chegou quando pus o o tecido à máquina para coser. A máquina não tem força suficiente para furar e puxar este material. Acabei por ter de coser tudo à mão. Planeava usar uma tarde a fazer o puff, mas passei um fim de semana inteiro à volta das costuras, e ainda ganhei 2 calos nos dedos!

Apesar de todo o trabalho as meninas gostaram muito...à excepção da cor. Eu devia ter adivinhado que meninas desta idade só conhecem uma cor, o cor de rosa.


Com as aparas fiz dois estojos. Um mais clássico com fecho de correr e outro com fecho de orelhas.
Foi a primeira vez que usei este tipo de fecho e posso dizer que não correu muito bem. Mas valeu a experiência, para a próxima já corre melhor.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

...

O annis já está terminado há algum tempo. Já foi esticado e experimentado.



Acrescentei-lhe duas luvinhas sem dedos. Combinam bem e foram fáceis de fazer: 3 repetições do padrão, em 4 agulhas, mais umas voltinhas lisas, e ficaram prontas.
Gostei muito do efeito final. Talvez este xaile beneficiasse de uma cor mais clara e uniforme, mas não estou arrependida da escolha que fiz.
Esta lã é muito bonita pelo efeito de cores que produz, embora seja um pouco áspera, mas não em demasia.
A minha princesa fez a passagem de modelos.



Entretanto aguardo a chegada de uma nova priminha. Como não podia deixar de ser, vai ter um casaquinho.
Podia lá deixar passar a oportunidade de experimentar o baby surprise jacket? Ainda por cima com gorro e botinhas a condizer?



Gosto da lã trekking, tem bonitos efeitos, embora procurasse uma cor menos tradicional para menina. Esta também não está mal. Não me posso descuidar com o tempo. O casaquinho é mesmo para os primeiros tempos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Caroços, Bordados e Tartarugas

Durante a época das cerejas, andei a juntar os caroços. Queria fazer uma almofada de caroços de cereja e experimentar o aconchego no inverno que aí vem. Mas este verão não foi ano de fruta e as cerejas não abundaram, mesmo assim consegui juntar o suficiente para fazer esta pequena almofada. Tem certa de 15 cm por 7 cm.
Para a "fronha" da almofada resolvi experimentar uma técnica de bordado Japonês que me fascina muito, sashiko. A técnica é muito fácil, só requer paciência e tempo. O mais difícil foi encontrar papel químico para transferir o desenho. Parece que já não se usa. Percorri várias papelarias e lojas de belas artes e lá acabei por encontrar papel químico amarelo, variedade que até agora não conhecia.
O tecido veio de uma camisola velha e as linhas dos restos da mãe.
Para quem quiser experimentar existem vários tutoriais na net, assim como esquemas e desenhos. Fica aqui uma indicação por onde começar.

http://www.purlbee.com/sashiko-tutorial/

Já tive oportunidade de a experimentar numa pequena dor muscular e fiquei muito satisfeita, só um pouco desiludida por a almofada não ser maior. Paciência, para o ano volto a juntar mais caroços para fazer mais almofadas.




Estas tartarugas também as comecei pela época das cerejas, mas demoraram muito a acabar. Foram de férias comigo e voltaram. Agora já podem seguir os seus destinos até às mãos de 2 meninos, de 2 e 3 anos. Espero que gostem!

Eu gostei de as fazer. A minha habilidade no crochet é reduzida e tive alguma dificuldade em algumas partes, mas puxei pela imaginação e consegui terminá-las. É por isso que não são iguais entre si, nem com o esquema original.

O fio é de algodão e o recheio lã de ovelha em rama. Tudo próprio para crianças pequenas.


terça-feira, 31 de agosto de 2010

Annis

Já comecei… sem esperar resposta da minha parceira… mas agora espero...


Só que não podia começar hoje que é terça-feira. Aqui por estes lados diz-se que a terça-feira não é bom dia para começar nada, nem fazer negócios, não sei porquê mas é o que se diz.
Por isso comecei de véspera.
Montei as malhas e fiz as duas primeiras voltas. Foram difíceis, muito longas.
Os xailes que fiz começavam sempre pelas voltas mais curtas e via-se o trabalho crescer depressa, dava entusiasmo. Quando chegada a parte mais demorada já não podia parar porque estava quase a terminar. Este é ao contrário.
Agora adivinha-se uma dificuldade… não percebo bem como se faz os Nupp. Na volta da frente percebo que se fazem os aumentos na mesma malha, mas na volta do avesso será que se tricotam 7 malhas juntas sem trabalhar? Grande confusão… vou ver se descubro.
D. Maria, posso continuar?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A brincar...

Passei este fim de semana a brincar...
Nas minhas voltas pela net encontrei este projecto de moranguitos que me encantou tanto que encomendei as lãs só para o fazer.



A verdade é que também queria conhecer a Phoebus.
Já trabalhei com a Elis, também da Lopo Xavier, e gostei...fiz um vestido a uma “sobrinha” e uma camisola ao sobrinho. Qualquer dia só me conhecem como “a tia das camisolas”...

Este foi o resultado





Gostei de trabalhar com a Phoebus. A Elis é mais grossinha e faz um trabalho muito macio. A Phoebus é mais fina, não gostei tanto. Cada uma com o seu objectivo. Esta ainda vai servir para fazer umas luvinhas sem dedos para o inverno.

Entretanto parece que tenho parceira para o Annis shawl, tenho ou não?
Andei um tempo às voltas com a escolha da lã...

tinha estas duas em mente, a Kauni deve dar um trabalho lindo com a sua mistura de cores, entre o castanho e o azul, mas parece-me que num trabalho rendado as cores poderão ofuscar o efeito pretendido, ou não...
Esta lã mé-mé da retrosaria é linda, mas a castanha não chegava, agora tenho uma meada em cru. A ideia é começar com a castanha e acabar com o cru.
Cada vez que penso nisso mais confusa fico...
Se a minha vontade inicial era a Kauni porque não arriscar e experimentar?
Começamos quando?

domingo, 22 de agosto de 2010

Turista em Lisboa

As férias já acabaram mas o tempo convida ao passeio, por isso este fim de semana aproveitei para ser turista na minha própria cidade. Segui uma sugestão da Agenda Cultural e fui visitar o Galeria do Loreto, sob a tutela do Museu da Água.
A visita começa no reservatório da Patriarcal, mesmo por baixo do lago do Jardim do Príncipe Real, assim chamado por ter sido construido sobre as ruínas da nova Sé Patriarcal de Lisboa. Devido a um fogo a nova Sé nunca chegou a funcionar e a estrutura que restou foi aproveitada para construir um novo reservatório associado ao aqueduto das águas livres, que serviu para alimentar a industria crescente junto à frente ribeirinha.
A Galeria do Loreto é extensa, termina no largo do Camões, junto à Igreja do Loreto, no entanto a visita é bem mais curta, só com 410mt e acaba no Miradouro de S.Pedro de Alcântara.



A visita é curta, mas vale o entusiamo do guia, que além da lição de história também nos deu explicações de engenharia e transformou um percurso de10min num passeio pela história da nossa terra.
Fiquei também a saber que existem mais galerias abertas para visita, mas é preciso telefonar para o Museu da Água e perguntar quais estão disponíveis.

Entre trabalho e passeios arranjei tempo para terminar o meu novo tapete de quarto. Vi–o numa revista da Interweave e apaixonei-me. Aqui fica o resultado final.
O tapete tem 40cm de diâmetro . É feito de algumas centenas de “folhas” feitas em crochet e montado sobre tela de esmirna.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Gostei

Já está terminada a minha mantinha…. Já pode vir o inverno, já tenho saudades.



Gosto do efeito final. Está bonita. Lá lhe consegui fazer a borda a toda a volta, no tamanho certo, depois rematei com um rolinho (i-cord bind off).
Quando comecei com o rolinho enganei-me e comecei na direcção contrária à que estava a trabalhar antes. Resultado: a união do rolinho com a borda ficou pelo avesso e a parte que ficou pelo direito ficou muito mais perfeitinha…. É com os erros que se aprende. Se não me esquecer, vou fazer sempre assim.
Como é uma manta pequenita (75 *75 cm) é mesmo adequada para uma manta de viagem, acrescentei-lhe mais um rolinho para a poder enrolar.



Gostei de a fazer, mas a meio ainda pensei “então, nunca mais chego ao fim?”. Mas chegou e valeu a pena.
Os garotos também gostaram. Já pediram uma para eles. Talvez tenham sorte. Posso fazer os quadrados e eles juntarem-nos como lhes parecer melhor, sem nenhum esquema definido antecipadamente. É uma maneira de colaborarem.

Entretanto retomei um projecto iniciado em Junho com a lã Filigran da Zitron. Com base na amostra que tinha feito, foi tomando forma. Estou a gostar do efeito.



Enquanto ia fazendo a amostra ia anotando o esquema em papel, com os meus símbolos. Não era muito profissional, tinha que melhorar. E melhorou, como podem ver na foto. O esquema está com bom aspecto. Mas tive ajuda. Através de um artigo publicado na revista Knitcircus (na biblioteca) fiquei com algumas luzes de como o fazer. São bastante úteis.
A fase seguinte é verificar se tem erros. E fazer crescer a tal êcharpe.

Esta semana tem sido trabalhosa, temos as festas da vila em honra da padroeira. Temos que aproveitar bem as festas e, com o trabalho e os miúdos de férias, sobra pouco tempo para os meus gostos...
Até para a semana

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Saberes antigos

Não sendo alentejana, sempre senti curiosidade em perceber o modo como as pessoas que me rodeiam vivem, pensam, agem, sentem.

O Alentejo é uma região com características próprias. Os alentejanos são um povo orgulhoso que das fraquezas faz força.

Dado o seu isolamento e o contacto próximo com a natureza, aprenderam a interpretar-lhes os sinais para preverem o estado do tempo, que interferia com a sua principal actividade – a agricultura.

Em Agosto, as canículas permitem-lhes prever o tempo para o próximo ano. Cada dia de Agosto corresponde a um mês do ano seguinte.
O 1º de Agosto não se conta, tira-se para ele. O 2º de Agosto corresponde ao tempo do mês de Janeiro e assim sucessivamente até ao dia 13 de Agosto que corresponde a Dezembro.

Depois vêm as segundas canículas que, dizem, são as mais certas. Tiram-se dois dias, um para ele e outro para ela. Já se perdeu o significado destes ditos. A partir de dia 16 volta-se a Janeiro… até ao dia 27 que volta a ser Dezembro.

A acreditar nos antigos o próximo ano vai ser muito quente. Até aqui só tivemos tempo quente, só no dia 2 e 8 esteve mais enublado (será Janeiro e Julho). Vamos ver como corre o resto do mês e se as segundas canículas confirmam estas indicações.
Para o ano vamos ver se as previsões estão correctas.

Se não se confirmarem é porque ainda não sei interpretar bem os sinais da natureza.


É claro que outras regiões do país têm também as suas especificidades e tradições tão interessantes como as do Alentejo, se calhar até com fundamentos semelhantes. Fiz uma pequena pesquisa antes de publicar este post e esta tradição é interpretada de maneira diferente por várias pessoas… qual estará certa? Todas, penso eu.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Férias - 2ª parte

As férias correram depressa…
A primeira semana boa e cansativa,
a segunda boa e mais relaxada…
tempo para continuar os trabalhos que estavam em mãos é que não sobrou muito. Mas a mantinha já lá vai – os quadrados estão feitos e cosidos.
Tive sorte: os conselhos da mãe são sempre bons. Coser quadradinho a quadradinho é aborrecido, mas a mãe disse logo que não era assim que se fazia, cosiam-se todos ao comprido e depois cosiam-se as transversais… é escusado dizer que a mãe tinha razão. Foi muito rápido. Será que se consegue ver na fotografia que falta coser as linhas horizontais?



Depois fiz uma barra a toda a volta, mas com menos pontos do que os necessários. A manta ficou um bocado “retraída”. Coitada.
Como diz a mana, “fazer e desfazer também é aprender”.
Desmanchei e fiz uma cadeia em crochet a toda a volta e então montei os pontos na cadeia de crochet… quer dizer, com isto tudo a manta nunca mais se acaba. O que vale é que o Inverno ainda vem longe.



O pior das férias foi que se acabaram e foi necessário voltar ao trabalho… que saudades de ter férias sem fim… pelo menos 1 mês… até nos aborrecíamos de serem tão grandes.

"Não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe"

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Férias – 1ª parte

A primeira parte das férias correu bem. Os miúdos adoraram. Encheu-lhes as medidas. Grande prenda que a Tia V. lhes deu.



Eu procurei, procurei e encontrei… pelo menos uma das direcções que levava. La Droguerie. Não saí de lá sem uma comprita, pequenita, pequenita, mas vim bem satisfeita. Depois das férias eu mostro.



Entretanto vamos à 2ª parte, bem mais descansada, espero eu.
Praia, cá vamos nós...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fim-de-semana ideal

Um fim-de-semana ideal poderá ser como este que passou.
Fiz um dos meus passeios preferidos de sábado, fomos ao mercado a Estremoz. É um belo passeio. Gosto de ver as velharias, algumas mais velhas e outras mais novas.
Este gosto pelas feiras e mercados vem de trás, vem das férias da infância, em S. Pedro de Sintra. Acordar cedo com o barulho de metal dos martelos a pregar as estacas que iam segurar os toldos. Logo ao pé da porta tínhamos os bolinhos de feira, as ferraduras, o pão de centeio e de trigo, o queijo e os enchidos… os legumes e frutas da região, aquelas perinhas pequeninas e tão saborosas… que ricos almoços de feira. A visita às velharias era sagrada, com muita calma para ver tudo bem visto.

Em Estremoz gosto do movimento, de encontrar pessoas conhecidas, do mercado das hortaliças, do café e bolo na Pastelaria Formosa (os garotos não dispensam o xadrez e o folhado de salsicha), das farturas, e de me perder nas velharias. Às vezes encontram-se preciosidades incríveis. Tenho lá comprado coisas muito bonitas. Já me pus de castigo durante uma semana por me ter excedido, mas nunca me arrependi.



Esta foi a minha última aquisição. Adoro o padrão, adoro as cores… Está um bocado gasto e parece-me que não foi rematado, ou seria mesmo assim?
Noutra ocasião encontrei um “taleguito” do pão, feito com estas tiras, creme e cor-de-rosa, unidas justapostas em vez de ser pelos “bicos” como este… muito bonito também.
Ainda aproveitei para ir à loja das lãs procurar mais para completar a minha mantita. Vai andando, devagarito.
O fim-de-semana prosseguiu com a visita da mana, muita conversa, fiar um bocadito, uma bela sopita de beldroegas… foi um descanso.

Esta semana vou de férias… Até à volta.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Brincadeiras de Fim-de-semana

É engraçado… parece que este blog só vive dos fins-de-semana. É quando se consegue aproveitar algum bocadinho para experimentar coisas diferentes.

Já há muito tempo tinha visto estes carimbos feitos com simples borrachas. É claro que em pequena os carimbos eram de batata, mas estes talvez durem mais.
A habilidade não é muita, a inspiração foram estes rabiscos,



a técnica é fazer o desenho na borracha e ir retirando o que está a mais com um X-acto. A borracha é muito macia, corta-se bem, bem demais se não temos cuidado…



Gostei do resultado.
Vou procurar borrachas maiores e novas ideias para carimbar.

Continuo às voltas com a minha manta. Já imaginei outra forma de fazer os quadrados.



Pelo menos faço 4 de uma vez.
Inspirada na Elizabeth Zimmermann, utilizando o método das voltas curtas (short-Rows), montei um lado do quadrado, deixando em cada volta mais uma malha na agulha até fazer um triângulo, mudo de cor para completar o quadrado e fico com as malhas na agulha para iniciar o 2º quadrado. Só depois encontrei o Knitting Techniques for more Successful Knitting , no Knitting Daily. Explica como fazer as tais shot-rows sem deixar buracos. Poderá ajudar a fazer as transições mais bonitas e não deixar uns buracos tão grandes….Terei que experimentar mais tarde. Até porque esta técnica promete.

Por agora decidi acabar a mantinha como a iniciei, com quadrados feitos na diagonal, mudando a cor ao meio. Na agulha já estão alguns triângulos, falta completar… vamos fazendo.

Entretanto descobri uma delícia… vai um licorzinho de chocolate?




Encontrei a receita na revista lusitana. Sou gulosa. Experimentei. Fica um licor espesso e gostoso. No inverno deve ser bom, mas no verão com um cubinho de gelo também é. Este foi feito com cacau, para não ficar tão doce. O próximo vai ser com metade de chocolate e metade e cacau.
Até ao próximo fim-de-semana...

Antes das Férias

Estou quase de férias! Vão ser 15 dias de calma, fora da rotina.
Já comecei a fazer as "malas", ando a juntar as ideias e os materiais para os projectos das férias.

No escritório tenho uma pilha de jornais velhos. Todos os dias pego num jornal gratuito que leio no escritório com o café. É um ritual para começar o dia. Depois de lido vai para um monte no canto da minha secretária. Tenho pena de os deitar fora sem mais nem menos. Têm ficado ali à espera que me surja uma ideia....mas até agora nada!

Por isso fica aqui o desafio! Se esta pilha de jornais estivesse na vossa secretária o que fariam com ela?

Aceitam-se ideias.

Boas Férias

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fim-de-semana

Este fim-de-semana foi esquisito. No domingo estava vento suão, um vento quente e amolecedor… que sensação tão estranha, que indolência tão grande… há tantos anos que aqui vivo e só agora percebi porque as pessoas se queixavam do vento suão. Parecia que o céu estava baixo, não se conseguia respirar. Só melhorou ao fim da tarde, com a trovoada.

Mas o sábado foi produtivo. Foi isto o que resultou de umas ideias que estavam à espera de ser concretizadas.



Um niddy-noddy (como se dirá em português? Sarilho?), mas parece-me que resultou um pouco comprido. Temos que experimentar, já estava a fazer falta.
Com o resto da cana fiz uma caixa para as agulhas de crochet. Foi só fechar com um bocadinho de cortiça.
E por último, umas agulhas de tricot, nº 9. Vamos ver se sabem tricotar. Pelo menos são levezinhas.
Estes trabalhos lembram-me um papagaio de papel, feito há muitos anos, na praia da Areia Branca, e quem o fez. O papagaio nunca voou mas a habilidade de quem o fez era maior que a minha. Lembro a estrutura, o papel e as tentativas para o fazer voar. E as histórias do “Vasco Lourenço” que o meu irmão inventava a caminho da praia. O nome estava no ouvido, na altura, e o protagonista era sempre um menino, chamado Vasco, que ia fazer recados à mãe e trocava sempre tudo. Nunca acertava uma. “Foge cão, não me faças trocar toucinho por sabão”.

Entretanto a mantinha vai crescendo.



Tem quatro quadrados, só faltam 5. Tendo em conta que cada quadrado é feito com 4 quadradinhos, só faltam uns 20. É um trabalho simples de se fazer, os quadrados são feitos na diagonal, a meio muda-se a cor. Não é preciso muita atenção. O pior é coser… não gosto de coser, é preciso muita atenção para os quadrados ficarem certinhos e não ficar com buracos no meio. Mas a mantinha vai ficar jeitosa. A “lã” é macia e quentinha, boa para o inverno. Vamos então continuar a manta, até acabar a lã.